Adriana Amaral

Aqui única coisa que se move é a luz, 2018


Aqui a única coisa que se move é a luz 

Aqui a única coisa que se move é a luz, 2018, projeção de slides 35 mm 

Dedicando-se as artes visuais desde 2003, a produção de Adriana Amaral é referência na cidade de Ribeirão Preto quando o assunto é fotografia. Aqui a única coisa que se move é a luz é fruto de uma imersão da artista ao longo de uma semana no Palacete Jorge Lobato, onde fotografou - em diferentes horários do dia - a perspectiva do olhar de alguém de dentro da residência para fora. O tí­tulo da obra faz menção a um diálogo presente no filme Os Outros (2001- Alejandro Amenábar), que assim como esse conduz o espectador para uma atmosfera de suspense e terror. Em conversa com o bisneto do Jorge Lobato, a artista descobriu que não se mudava nada no casarão, isto é, os objetos permaneceram no mesmo lugar por três gerações. O que nos leva a pensar que a única coisa que se move nessa história é a luz, que entra e sai todos os dias pelas janelas da casa, a mesma onde se posicionou a câmera fotográfica. 

Paula Borghi